02/09/2015

20th Century Style Icons | Brigitte Bardot

Girls, apesar da hora tardia, o prometido é devido! Tive um dia super cheio e só agora consegui aceder ao blogue. Mas cá está a diva de hoje.

Na história houve poucas mulheres como ela. Arrebatadora, provocante e rebelde, musa da liberdade sexual dos anos 60, amou e viveu como ninguém. Brigitte Bardot festeja, este mês, o seu 81º aniversário e é uma das últimas divas vivas do século XX.


BRIGITTE BARDOT (1934)


Nasceu em Paris a 28 de Setembro de 1934, no seio de uma família de classe média - o pai era director de uma empresa industrial e a mãe organizava desfiles de moda. 
Amante da dança, especificamente do ballet, Brigitte Bardot, também conhecida por B.B. chegou a estudar no Conservatório Nacional de Dança quando era uma adolescente, mas a sua beleza e sensualidade natural, já tão notáveis na época, dariam outro rumo àquele que seria o seu destino. 


Nunca se considerou especialmente bonita, mas foi depois de aparecer num desfile de moda e na revista Jardin des Modes- aos 15 anosque conheceu Roger Vadim, então um jovem guionista francês, que rendido ao seu encanto a sugeriu para o filme "Les Lauriers Sont Coupés". Este filme nunca chegou a ser rodado, mas Brigitte, encorajada por Vadim, decidiu, ainda assim, apostar numa carreira de actriz.

 

Para além de mentor, o então guionista foi, também, o primeiro grande amor de Bardot. Casaram-se em 1952, quando a aspirante a actriz atingiu a maioridade. Consta-se que tencionavam casar-se antes, mas o pai de B.B. era contra, o que fez com que a jovem chegasse a ameaçar colocar a cabeça dentro de um forno! Já se notava o carácter forte que viria a celebrizar-se anos depois.



Carreira

Depois de desempenhar vários pequenos papéis - a primeira aparição no cinema foi aos 18 anos com "Le Trou Normand" -, Brigitte Bardot é catapultada para a fama em 1956, com o filme "E Deus Criou a Mulher", realizado pelo marido. Uma das cenas, em que a actriz aparece a dançar descalça em cima de uma mesa, é considerada uma das cenas mais eróticas da história do cinema mundial. 


Com a fama, esta loira platinada que nasceu morena, viu chegar ao fim o seu casamento com Vadim, depois de viver um affair com o protagonista do filme que a tornou mundialmente conhecida, Jean-Louis Trintignant

Bardot, foi uma das poucas actrizes europeias da altura a receber a atenção dos media americanos, que no auge da fama a seguiam para todo o lado. 
Durante a sua carreira na sétima arte, rodou 48 filmes, a maioria em inglês, ao lado de grandes nomes, como Kirk Douglas, James Stewart e Sean Connery. Devido ao seu limitado domínio do inglês, as suas falas foram muitas vezes dobradas, o que não a impediu, ainda assim, de ser considerada uma das actrizes francesas com mais êxito de sempre em Hollywood.

No Festival de Cinema de Cannes, em 1954.

1956, com a Rainha Isabel II

Mas não foi apenas no cinema que se destacou. Durante os anos em que esteve no activo, dedicou-se a outra das suas paixões, a música, gravando vários discos na Europa e mais de 80 canções.

A tocar guitarra, durante uma pausa nas gravações de um filme.

Retirou-se cedo, ainda não tinha completado 40 anos, ao verdadeiro estilo Greta Garbo, para se dedicar à defesa dos animais. 

Num sessão fotográfica, em 1975, já depois de ter abandonado o cinema, com um vestido Dolce & Gabbana.


Símbolo sexual


Assim que se tornou mundialmente conhecida pelos papéis que protagonizava no grande ecrã, muitas vezes com cenas carregadas de erotismo, Bardot rapidamente foi considerada um símbolo sexual. Nos anos 50 e 60, chega a ser "rotulada" de mulher mais sexy do mundo. Os dentes separados, os lábios grossos, o olhar arrebatador e a farta cabeleira loira faziam dela uma das mulheres mais desejadas.


A verdade é que B.B sempre explorou o seu lado mais sexy, seja por exigências de guião, seja pelas campanhas fotográficas que fazia, muitas das quais, de cariz escandaloso para a época.




Uma autêntica quebra-corações

De carácter livre e rebelde, foram-lhe conhecidas e atribuídas dezenas de relações. Segundo a biografia escrita por Ginette Vincendeau, foram cerca de 100, mais de uma por ano, inclusivamente com mulheres e alguns colegas de cena, como Alain Delon ou Jean Paul Belmondo. Viveu com Sami FreyJean-Louis Trintignant, Gilbert Becaud e com o músico Bob Zagury.

Bardot tinha uma adoração por Marylin Monroe, chegando a referir: "Marylin era uma loira extremamente bela. Parecia tão fresca e natural como se se acabasse de levantar da cama. Apetecia beijá-la".
  
Apesar de tantos amantes, apenas quatro resultaram em casamento. Para além de Roger Vadim, foi casada com Jacques Charrier, pai do seu único filho, que ficou sob a custódia da família paterna, porque Bardot dizia que não tinha instinto maternal.

Com o filho, Nicolas.

Com Jacques Charrier

Seguiu-se o milionário Gunter Sachs, com o qual formou um dos casais do momento durante os três anos que estiveram juntos.
Casaram-se em Las Vegas e voltaram ao glamour de Saint Tropez debaixo de uma chuva de pétalas de rosas.

Com Gunter Sachs.

Finalmente, aos 40 anos, casa-se com aquele que é, ainda hoje, o seu marido, o empresário Bernard D'Ormale.



Musa de estilo

O estilo de Brigitte Bardot foi-se criando pouco a pouco, com a influência dos modelos dos anos 50 e do estilo chique e descontraído de Capri e Saint Tropez. Seguiu as tendências de cada época e adaptou-as como ninguém à sua personalidade descontraída e idade. A tal ponto, que é considerada ainda hoje um ícone de beleza e continua a ser imitada por top models, estilistas e editores de moda.
Durante anos, foi vestida por Balmain (o seu favorito), Chanel, Givenchy, Dior, Balenciaga e Paco Rabanne.

O cabelo, uma vasta cabeleira ao estilo "acabei de acordar" e com franja, ficou eternizado como penteado B.B. e apaixonou mulheres em todo o mundo, entre elas Kate Moss, Claudia Schiffer (são inegáveis as parecenças físicas entre as duas), Georgia Jagger e Blake Lively. Gostava de adorná-lo com chapéus, turbantes, fitas e inclusivamente flores.




Quando pensamos em Bardot, é inevitável não associarmos a sua imagem ao eyeliner e ao rimel acentuado, que lhe conferiam aquele olhar cativante e sexy. 

Popularizou as peças com estampado de quadrados vicky, em vestidos, saias ou calças, sempre em cores pastel.

Foi das primeiras celebridades a usar mini-saias com botas over the knee, duas tendências tão actuais.

Usava e abusava de óculos de sol em massa, tamanho XL.

Para além das mini-saias, era fã de micro shorts em jeans, outra tendência que se mantém actual.

Casual chique, com calças estampadas combinadas com camisolão e bailarinas.


Ícone em Moda de Praia


É conhecida a adoração de Brigitte Bardot pela Riviera Francesa. Era na Costa Azul que se refugiava no auge da sua carreira - onde ainda hoje vive -, sendo fotografada com modelos de praia que marcaram uma época.

Fatos de banho em branco, um clássico de Verão.

Fatos de banho mais sofisticados.

Biquíni de estampado floral e com decote coração, uma das suas grandes imagens de marca.

A mistura de estampado vicky e chapéu de palha, ao mais alto estilo francês.

Com um biquíni estilo marinheiro, na casa onde hoje vive, em Saint Tropez.

A versão provocadora, a fazer topless, envergando apenas uma parte de baixo reduzida em branco e o seu inseparável cigarro.


Brigitte, hoje


Prestes a completar 81 anos, Brigitte Bardot vive retirada na sua casa de Saint-Tropez - La Madrague-, na companhia do quarto marido, Bernard D'Ormale. Mantém-se como activista e defensora acérrima dos direitos dos animais, uma das suas paixões. Rodeada de recordações, recusa-se a receber visitas fora do seu círculo íntimo e a dar entrevistas.

Ainda mantém o contacto com a sua grande amiga Jane Birkin, com a qual chegou a protagonizar cenas lésbicas no grande ecrã. Numa entrevista, esta referia: "As pessoas pensam que Brigitte ficou louca com a sua obsessão com os animais e que isso aconteceu porque os seres humanos portaram-se mal com ela. Penso que é verdade. Ela era tão bonita que as pessoas tinham muita inveja. Apesar de tudo, ela conseguiu incutir às pessoas uma espécie de consciência moral".

Este distanciamento não tem impedido Bardot de continuar na ordem do dia, muitas vezes envolvida em polémicas motivadas pelos ideais que defende, ao estilo grande musa! São públicos os seus ataques à classe política (teceu duras críticas ao rei Juan Carlos, a propósito da tão falada caça aos elefantes), o leal apoio à extrema direita e a sua oposição à islamização da sociedade francesa.

Como ela própria diz: "Sou uma incompreendida dos idiotas politicamente correctos".

Em 2010, foi convidada por um partido ecologista francês a candidatar-se à Presidência da República de França.

Um mito rebelde e indomável, ontem, hoje e sempre!

1 comentário:

Muito obrigada pelo feedback!!